A INFLUÊNCIA DO DIÂMETRO NO DIMENSIONAMENTO DE BOMBA
- Micelli Camargo
- 18 de jul.
- 2 min de leitura
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Quando falamos em dimensionamento de uma instalação de bombeamento, estamos nos referindo à determinação do tamanho adequado dos componentes, especialmente da bomba.
O dimensionamento é um processo comum na engenharia e pode ser aplicado a diversos equipamentos, como motores elétricos, ventiladores, compressores e, claro, bombas centrífugas.
No caso das bombas, o "tamanho" adequado é determinado por dois parâmetros principais: a vazão (Q) e a altura manométrica (HB). A vazão é o volume de líquido que a bomba deve transportar por unidade de tempo, podendo ser expressa em m³/h, m³/s, L/min, entre outras unidades. A altura manométrica, por sua vez, corresponde à diferença de pressão entre a entrada e a saída da bomba, muitas vezes expressa em metros de coluna de líquido.
A altura manométrica está diretamente relacionada à pressão diferencial (ΔP), que representa a diferença de pressão gerada pela bomba. Por exemplo, se uma bomba tem uma pressão diferencial de 10 bar, e a pressão na entrada é de 1 bar, então a saída estará a 11 bar.
Essa diferença de pressão pode ser convertida em metros de coluna de água, sendo que aproximadamente 10 m de coluna d'água correspondem a 1 bar.
Uma vez definida a vazão desejada, geralmente com base no tempo para encher ou esvaziar um reservatório, o próximo passo é calcular o HB. Para isso, utilizam-se a equação da energia e os cálculos de perda de carga. A perda de carga é proporcional ao quadrado da velocidade do fluido e depende do comprimento, diâmetro e tipo de tubulação, além de acessórios como válvulas e curvas.
A vazão (Q) é igual à velocidade média (v) do fluido multiplicada pela área da seção transversal da tubulação (A), ou seja, Q = v × A. Como A = πD²/4, podemos reescrever a velocidade como v = 4Q / (πD²). Isso mostra que, para uma vazão constante, quanto maior o
diâmetro interno da tubulação (D), menor será a velocidade do fluido.
Como a perda de carga é proporcional ao quadrado da velocidade, aumentar o diâmetro da tubulação reduz significativamente a perda de carga e, consequentemente, o HB. Isso significa que a bomba precisará vencer uma menor diferença de pressão, podendo ser menor e mais eficiente.
Por outro lado, reduzir o diâmetro da tubulação para economizar em materiais pode levar a um aumento expressivo na perda de carga, exigindo bombas mais potentes, motores maiores e, portanto, maior consumo de energia ou combustível. Ou seja, um diâmetro menor pode significar um custo operacional mais alto e um investimento maior em equipamentos.
Um exemplo prático demonstra bem essa relação: em um sistema com tubulação de 10 polegadas, a potência de eixo necessária era de 139 cavalos. Ao aumentar o diâmetro para 14 polegadas, a potência necessária caiu para 77,25 cavalos. Isso representa uma economia significativa, tanto no custo inicial do motor quanto no custo de operação ao longo do tempo.
Portanto, ao projetar uma instalação de bombeamento, é fundamental considerar o diâmetro da tubulação como um fator crítico. A escolha correta pode otimizar o desempenho, reduzir custos e evitar desperdícios energéticos.
Gravamos um vídeo sobre o tema, para assistir acesse:
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