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TIPOS DE PARAFUSOS E FERRAMENTAS UTILIZADAS NO TORQUEAMENTO

  • Foto do escritor: Micelli Camargo
    Micelli Camargo
  • há 2 dias
  • 4 min de leitura

Quando falamos em sistemas de fixação mecânica, sem dúvidas os parafusos são elementos fundamentais e mais frequentes, sobretudo nos equipamentos.


Eles são responsáveis por unir componentes, garantir estabilidade estrutural e permitir desmontagens quando necessário.


Embora seja um elemento comum, parafuso está longe de ser algo simples.


Quanto maior a responsabilidade e riscos do projeto/ equipamento, mais atenção devemos ter aos parafusos para que eles desempenhem sua função corretamente.


Nesse sentido é fundamental conhecê-los bem — desde seu tipo e características até as ferramentas adequadas para sua aplicação e torqueamento.


A especificação correta de um parafuso passa por diversos critérios: o tipo de rosca (métrica ou em polegadas), o diâmetro, o comprimento da rosca (total ou parcial), a forma da cabeça, a ponta, o tipo de encaixe da ferramenta, a classe de resistência, o material e o revestimento.


TIPOS DE PARAFUSOS


Os parafusos se diversificam conforme sua aplicação, sendo os mais comuns:


👉 Parafuso madeira: ideal para peças de madeira, com rosca espaçada.

👉 Parafuso máquina: para uso com porca ou furo roscado.

👉 Parafuso autoperfurante: com ponta broca, não exige furo guia.

👉 Parafuso francês: cabeça lisa e arredondada com seção quadrada que trava.

👉 Parafuso Allen: sextavado interno, comum em montagens técnicas.

👉 Parafuso de corpo retificado: utilizado em moldes e matrizes de precisão.



PONTAS, CABEÇAS E FENDAS


O formato da cabeça do parafuso influência como a carga é distribuída sobre a superfície do material.


O espaço disponível, o acabamento e a acessibilidade do local de fixação determinam o tipo de cabeça mais apropriado.


A capacidade de suportar diferentes níveis de torque sem danificar o parafuso ou a superfície de trabalho.


Os tipos de cabeças de parafusos mais comuns são:


👉 Sextavada: com ou sem flange, com ou sem arruela integrada.

👉 Escareada (chata): embutida na superfície.

👉 Cilíndrica, lentilha, panela, redonda, oval: para aplicações específicas e estéticas.

👉 Sem cabeça: usada em ajustes internos.


Cada tipo de ponta é projetado para penetrar e fixar-se da maneira mais eficiente a depender do material, por exemplo a Ponta Agulha, ideal para madeira e materiais moles, facilita a penetração inicial e cria uma fixação segura.


A ponta do parafuso também pode influenciar significativamente o grau de dificuldade da instalação, tornando o trabalho mais rápido. Por exemplo, Ponta Auto Brocante, capaz de perfurar e rosquear ao mesmo tempo, reduzindo etapas no processo de instalação.


Entre as diversas pontas de parafuso disponíveis, as mais conhecidas são:


👉 Chanfrada ou brocante: facilitam a penetração sem pré-furo.

👉 Plana: comum em aplicações gerais.

👉 Apontada, agulha, cônica, atarraxante: adaptadas a tipos de materiais e fixação.


Completam o parafuso, o tipo de fenda utilizado que impacta diretamente no tipo de ferramenta a ser utilizada.


O tipo de fenda pode trazer facilidade de uso e eficiência durante a montagem e desmontagem, além de parafusos com diferentes tipos de fenda suportam variados níveis de torque sem serem danificados.


Alguns tipos de fenda são projetados para prevenir desmontagens não autorizadas, aumentando a segurança de dispositivos.


Entre as fendas mais encontradas, temos:


👉 Fenda: consiste em um rasgo reto na cabeça do parafuso.

👉 Fenda cruzada ou Philips: trata-se de um rasgo em formato da letra x.

👉 Fenda Philips: uma combinação das duas anteriores

👉 Quadrada: consiste em um rasgo quadrado na cabeça do parafuso.

👉 Sextavado interno, hex ou Allen: consiste em um rasgo hexagonal na cabeça do parafuso

👉 Torx: consiste em um rasgo no formato de estrela de 6 pontas na cabeça do parafuso.


TIPOS DE ROSCA E CLASSES DE RESISTÊNCIA


As roscas mais comuns no Brasil são a métrica padrão ISO que é expressa em milímetros e as roscas em polegadas dos padrões UNC, UNF ou Whitworth.


A escolha da rosca também envolve o passo (grosso ou fino), o sentido (direita ou esquerda), e o tipo de filete.


A classe de resistência (ex: 8.8, 10.9) indica a capacidade de suportar tensões.


Essa classificação permite calcular o torque adequado para garantir fixação sem deformações permanentes.


Alguns detalhes adicionais sobre as roscas:

✅ Rosca grossa ou rosca padrão (UNC)

↪ Preferida para montagem rápida e facilidade de uso;

↪ Melhor desempenho em materiais macios, onde a penetração mais profunda dos filetes é benéfica;

↪ Menos suscetível a danos por impacto;


✅ Rosca fina (UNF)

↪ Melhor para aplicações que exigem precisão e alta resistência à tração;

↪ Utilizada em ambientes onde a capacidade de resistir à vibração e ao afrouxamento é necessária;

↪ Ideal para materiais duros e densos;


✅ Rosca Inteira

↪ A rosca cobre todo o comprimento do parafuso;

↪ Ideal para aplicações que requerem um ajuste firme e força de aperto ao longo de toda a peça;


✅ Rosca Parcial

↪ Apenas parte do parafuso é roscada; o restante é liso, servindo de guia ou permitindo movimento;

↪ Existem dois tipos: a parcial paralela, onde o diâmetro da rosca é igual ao do corpo não roscado; e a parcial sobreposta, em que o diâmetro da rosca é maior que o do corpo não roscado;


FERRAMENTAS DE TORQUEAMENTO


Não só o parafuso deve ser o adequado para a fixação desejada, como o método de aparafusamento (que vamos abordar oportunamente) deve ser escolhido adequadamente.


E não só isso, a ferramenta empregada deve ser apropriada para um processo mais rápido e preciso.

Quem lida com montagem e desmontagem de equipamentos sabe do que estamos falando, não tem nada pior do que usar uma ferramenta ruim ou inadequada para a tarefa a ser executada, demora mais e o serviços fica “meia boca”.


A correta aplicação do torque exige o uso de ferramentas apropriadas, que variam em precisão, capacidade e tecnologia:


Torquímetros manuais:

👉 Estalo: libera um clique ao atingir o torque.

👉 Relógio: indica o valor aplicado.

👉 Digital: leitura precisa e registros.

👉 Vareta: simples e econômica.


Torqueadeiras:

👉 Elétricas: para alta produtividade.

👉 Pneumáticas: potentes e leves.

👉 Hidráulicas: para torques elevados em grandes estruturas.


Além disso, a escolha do revestimento (zincado, fosfatizado, cromado, PTFE, entre outros) e do material do parafuso (aço carbono, inox, titânio, bronze) impacta diretamente na durabilidade e no desempenho da fixação, especialmente em ambientes agressivos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


A seleção correta do parafuso e da ferramenta de torque garante segurança, durabilidade e desempenho em sistemas mecânicos. A compreensão técnica de suas propriedades permite tomadas de decisão mais assertivas e evita falhas prematuras.


A enorme variedade de parafusos disponíveis hoje é resultado de uma busca constante por resposta a problemas das aplicações modernas. Exploraremos aqui os principais aspectos que diferenciam os parafusos no mercado.


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